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- Escrito por: Ronaldo Correia Junior
Hoje de manhã, Silvia saiu para fazer compras e deixou nossa filha comigo. Suas duas filhas passaram o fim de semana com o pai, chegaram a nosso apartamento, quiseram que eu brincasse com elas, concordei porque não é bom deixar crianças sem um adulto por perto e para não atrapalharem o trabalho da empregada e a mais velha arrastou o bebê-conforto da nossa filha até o quarto delas. Após uns quinze minutos, a mais velha ameaçou brigar com a irmã e comecei a me preocupar em como proteger a bebê se as duas se atracassem de fato. Mas possivelmente por saber que as impeço de se baterem sempre que posso, a mais velha logo se conteve, depois a outra ficou abraçada comigo, talvez em busca de proteção, além de carinho, e dali a pouco Silvia voltou – que alívio! De algum modo consegui dar conta de três meninas!
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- Escrito por: Ronaldo Correia Junior
Quando ainda estávamos namorando e pensando em nos casarmos, uma das mil advertências que fiz a Silvia foi que teria de me alimentar enquanto ela própria comia, com rapidez suficiente para chegar a tempo ao trabalho e/ou ao colégio de suas filhas, o que a fazia brincar que já tinha sido mulher-polvo, alimentando as duas e a si simultaneamente. Não podia imaginar que, com todas as minhas limitações, passaria por uma experiência parecida!
Para mim, às vezes é muito difícil dissociar os movimentos de várias partes do corpo – p. ex, mexer só um braço – e ficar parado com algum objetivo. Nesta tarde, para permitir a Silvia fazer outras coisas fiquei embalando (com uma mão) nossa filha no carrinho, sempre que parava esta acordava ou chorava, para conseguir que ela me barbeasse tive de parar a cabeça no encosto da cadeira enquanto continuava embalando com um pé. Mais frequente é embalá-la ao mesmo tempo que como, embora ao custo de me engasgar mais.f
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- Escrito por: Ronaldo Correia Junior
Nossa filha nasceu com hipoglicemia, a qual poderia ter causado uma lesão no cérebro e fiquei com uma paranoia contida de que tivesse paralisia cerebral – era algo irracional, pois a pediatra que a acompanha é excelente e teria nos avisado de qualquer sinal dessa deficiência. Devido à falta de experiência e informação, nos meus primeiros seis de vida meus pais nada viram de errado comigo e, só quando foram para Fortaleza, é que uma tia minha percebeu, porque eu não sustentava a cabeça. Na segunda consulta, a pediatra estranhou que nossa filha ainda não levantava a cabeça quando ficava de bruços e recomendou a botarmos nessa posição, senão poderia demorar a engatinhar. Ao fazermos isso, ela passou vários dias sem conseguir erguer a cabeça, o que intensificou a paranoia, até que teve êxito e esta se desfez – foi um alívio!
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Está se tornando frequente nossa filha rir e balbuciar para mim e, às vezes com uma ponta de ciúmes, Silvia brinca que nos comunicamos numa língua própria e exclusiva.
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- Escrito por: Ronaldo Correia Junior
Nas duas primeiras consultas da nossa filha com a pediatra, fomos acompanhados e ajudados pelo meu irmão – que nos aconselhou a não irmos sozinhos – e por uma irmã de Silvia. Na primeira delas, entramos no consultório em si sozinhos, com nossa filha num bebê conforto, este no meu colo e Silvia empurrando minha cadeira de rodas. Achei que também podia fazer assim todo o trajeto do estacionamento ao consultório, já que a calçada da rua é boa e tem rampa, temendo só descer esta – mas a descida de ré foi segura. Hoje, nossa filha completou dois meses, tinha outra consulta, resolvemos ir sem ajuda, Silvia teve certo trabalho para nos colocar e tirar do carro e tivemos êxito.
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Silvia é ciumenta, o que já me deu muitas dores de cabeça. Quando quero pegar nossa filha, às vezes arranja uma desculpa para disfarçar que reluta em entrega-la. E embora esta interaja muito mais com Silvia, basta fazê-lo um pouco comigo para ela ficar despeitada
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Começo a ter prática de pegar nossa filha, embora às vezes fique tenso, o que a deixa desconfortável, e meu braço esquerdo se canse em alguns minutos – não tenho coordenação no direito o suficiente para segurá-la. Quando acerto, é difícil querer devolvê-la para Silvia.
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Hoje, pela primeira vez segurei nossa filha nos braços, achando que ela já tem tamanho suficiente para não correr o risco de se machucar com minha descoordenação motora. Estava no início de uma sessão de fisioterapia e, para retomar os exercícios, tive de devolve-la para Silvia muito a contragosto.
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Hoje após o almoço, Silvia teve de sair para levar suas filhas ao colégio e pegar uma nova guia para minha fisioterapia. Ela não conseguiu fazer nossa filha adormecer e pediu para nossa empregada tentar isso. Depois desta fazê-lo, para não atrapalhar seu trabalho pedi que botasse nossa filha no carrinho para ver se eu a mantinha dormindo, mas não tive sucesso nas duas tentativas que fiz. Então pedi que a colocasse no bebê conforto – que dessa vez balancei com a mão –, finalmente consegui que dormisse uns 40 minutos, me dando tempo de ler algumas coisas no tablet, até que nossa filha ficou com fome e não tive mais jeito a dar.
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- Escrito por: Ronaldo Correia Junior
Algumas vezes consigo aquietar e adormecer nossa filha, outras não, mas sempre tento para ver se Silvia tem um pouco de folga, já que às vezes demora horas até para podermos comer. Temo muito que ela tenha uma estafa e fico me rebolando para encontrar novas formas de ajudá-la.