Tenho um desvio na coluna, o que somado à postura com que me sento me causa dores nas costas. Em Recife, fazia muitas atividades que reduziam e até eliminavam tais dores: tinha uma “bola de Bobath” na qual alongava as costas assim que me acordava de manhã; deitava de bruços algumas vezes ao dia, embora isso haja se tornado meio difícil após começar a ter refluxo; e fazia natação, fisioterapia e equoterapia. Nesse aspecto, em Curitiba a situação tem sido mais difícil: quando procuro uma cama para ficar de bruços, muitas vezes todas estão com uma pilha de coisas em cima; só venho conseguindo ir à natação num mês em cada quatro ou cinco e último foi julho; meu plano de saúde reduziu as sessões de fisioterapia domiciliar de três para duas; e é inviável praticar equoterapia. Assim, desde setembro tais dores aumentaram bastante. Comecei a me obrigar a ter paciência de desocupar minha cama quando quero me deitar de bruços, me apoiar no sofá para alongar as costas e, no verão, talvez possa nadar na piscina do condomínio onde moro, já que esta terá aquecimento. O tempo dirá se essas medidas diminuirão as dores.
Tudo na vida tem um custo – não existe almoço grátis, como dizia Milton Friedman. Essas dores são parte do custo de ter me mudado para Curitiba e constituído uma família.