Dificuldades da Noite

Criado: Terça, 31 Julho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

Clara deixou de dormir comigo e agora só quer fazê-lo com Silvia, o que criou uma situação complicada. Enquanto eu fazia isso, Silvia aproveitava para dar atenção às suas filhas, trabalhar ou descansar, e quando eu terminava era o momento de fazermos sozinhos coisas que nos divertissem. Inicialmente, tentamos manter o horário em que as três meninas iam se deitar, mas tive pouco sucesso em fazer suas filhas ficarem em silêncio e Silvia demorava muito para conseguir que Clara adormecesse, o que a exauria. Assim, decidimos manda-las para a cama às 22h, o que eliminou o barulho de suas filhas e permite Clara adormecer mais rápido, mas ainda não sabemos em que medida os outros problemas serão reduzidos. E estou triste por não conseguir mais colocar Clara para dormir.

Dando Biscoito ao Papai

Criado: Sábado, 21 Julho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

O único problema de Clara me dá biscoito é que, na maioria das vezes, ela quer dar o pacote todosmile

Sentimentos de Incompetência e Impotência

Criado: Sexta, 20 Julho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

Clara passou as duas últimas semanas doente, inicialmente com roséola e depois com uma gripe forte. Na primeira dessas semanas, consegui ficar bastante tempo com ela e botá-la para dormir normalmente evitando que Silvia se sobrecarregasse. Na segunda, Clara tornou-se chorosa demais, resistiu muito a tomar remédios, perdeu o apetite, demandou excessivamente a mãe, não queria ficar e dormir comigo, o que fez me sentir incompetente. Apesar de ter recuperado a saúde, agora ela tende a querer dormir com esta, o que gera uma situação difícil porque, no horário de seu sono, Silvia ficava com suas filhas, e me tira o momento em que ela mais queria minha presença – para continuar a botando para dormir, seria necessário eu poder coloca-la nos braços e cantarolar. Esta mudança me dá um sentimento de impotência.

Esposa Politicamente Incorreta

Criado: Terça, 17 Julho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

Quando começou a namorar comigo, Silvia dizia ser sisuda e que raramente ria. Não consigo imaginá-la daquele jeito, pois comigo ela chega a parecer uma menina, sobretudo à noite após botarmos as crianças para dormir e fecharmos nosso quarto, momento em que muitas vezes ela começa um festival de besteirol; uma vez, ela disse que sei extrair a autenticidade das mulheres, talvez porque sou bem-humorado, alegre, tolerante e rio facilmente. Nesse e em outros momentos ela já me chamou de cachorro, macaco, cavalo, cabrito, bode, dragão de Komodo, bebum, herege, tarado – acho os dois últimos termos até elogiosos, bem como “gatinho”; e imita meus gestos e movimentos descoordenados e os poucos sons que consigo falar. Com uma esposa assim, quem precisa de inimigos?laughing Morro de rir disso tudo e até faço os sons de alguns desses animais.

Três Anos de Amor

Criado: Sábado, 14 Julho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

Hoje, faz três anos que Silvia e eu moramos juntos. Nos meses seguintes à decisão, eu dizia que era uma mudança grande demais, rápida demais e radical demais – hoje, acrescentaria que foi assustadora demais. Passamos por situações bem difíceis – algumas descritas neste blog – nas quais um desastre pareceu iminente, mas até agora temos as superado, somos muito felizes e geramos uma filha pela qual nos desmanchamos em amor. Naquela época, foi marcante nossa sensação de que estávamos sendo insanos, irracionais, loucos, de que ao menos deveríamos esperar mais um pouco, o que agora me faz pensar no refrão de Eduardo e Mônica da Legião Urbana, que conta uma história não mais interessante que a nossa:

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?

O sucesso do nosso relacionamento deve-se a que somos bem parecidos, de modo que as divergências são raras, e haver muito amor entre nós.

O Lanche do Papai

Criado: Sexta, 06 Julho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

Clara chama banana de “mana”. No último domingo, Silvia deu essa fruta a Clara, disse que me daria o mesmo de lanche, distraiu-se e ela começou a falar “mana papai, mana papai”. De início, fiquei encantado com tal atitude, mas depois me senti incomodado porque acho cedo demais para Clara ter esse tipo de preocupação – sequer imaginava que uma bebê a pudesse ter – e não foi a primeira vez. Já conheci muitas pessoas, entre as quais dois irmãos meus, que se sentiam na obrigação, na “missão” de cuidar de alguém – inclusive eu –, sei como isso pode ser pesado e não quero que Clara passe pela experiência; para mim, é um alívio ter adquirido vida própria e livrado ambos dessa responsabilidade.

Dois Anos de Clara

Criado: Sexta, 29 Junho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

Hoje é o aniversário de Clara, faz dois anos que recebi o maior bem que a vida poderia me dar.


 

 

Alimentado pela Filha

Criado: Segunda, 25 Junho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

Na hora do meu lanche, ontem, Silvia amassou duas bananas e entregou uma colher de chá para Clara ajudar a dá-las para mim. Tive de tomar cuidado para a colher não ir até a garganta e me esforçar para reter o alimento na boca. Clara achou muito divertido.

Rosto ainda Jovial

Criado: Segunda, 25 Junho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

Cortei os cabelos e fiz a barba na sexta. Na manhã seguinte, fomos a uma loja de roupas para crianças, Silvia entrou com sua filha mais nova e me deixou no carro com Clara, que começou a chorar. Duas ou três funcionárias saíram para tentar consolar Clara, ao voltar para a loja uma quis saber se esta é filha de Silvia e, referindo-se a mim, perguntou “ele também é teu?”, ao que Silvia respondeu “sim, é meu marido” deixando a figura desconcertada. Pensei que esse tipo de situação não fosse mais acontecer, pois vejo os sinais da minha idade aparecendo no espelho e em fotos. Caí na gargalhada e, quando expliquei que o motivo foi estar de cabelo curto, Silvia falou que não vai mais me deixar cortá-losmile

Intuição Paterna

Criado: Segunda, 18 Junho 2018 Escrito por Ronaldo Correia Junior

A cama na qual Silvia e eu dormimos é muito alta, se um bebê cair dela vai se machucar gravemente e Silvia diz reiteradamente para suas filhas não botarem Clara em cima. Ontem depois do almoço, embora assistindo um jogo de vôlei masculino fiquei atento a Clara, percebi que as três foram ao nosso quarto e que suas irmãs falavam num tom abaixo do normal que, intuí, era de quem sabia estar fazendo algo errado e, não sei porquê, suspeitei que estavam colocando Clara na cama. Engatinhei até lá, vi que minha suspeita era fundada, reclamei, sua irmã mais nova insistiu que não a deixaria cair, Silvia foi atrás de mim e afastamos o perigo.