Se Silvia fosse fazer parto normal, nossa filha nasceria no início de julho – será cesariano e deve nascer no fim de junho. Seu corpo está se preparando para dar a luz, com a intensificação das contrações, corrimento, dilatação da pélvis, dores neste local, etc. Nos últimos dias, sempre que sente um desses sintomas ela pensa que o parto é iminente, vai acontecer nas horas ou dias seguintes. Por mais que ache que tais sintomas são normais e procure convencê-la que o parto não será antecipado, começo a ficar tenso, nervoso, assustado, principalmente porque pouco poderia fazer para ajudar nesse caso e, em particular, não posso eu mesmo levá-la à maternidade numa emergência. Ontem à noite, ao teimar comigo ela procurou no Google uma lista de sintomas de que o parto é iminente e viu que ainda não tem alguns, o que me fez dizer, rindo, ”você quer é me assustar”. Quando arfa, geme ou reclama do que está sentindo, às vezes no momento seguinte Silvia rir, cai na gargalhada com minha cara de assustado – que sacanagem!

 

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