Quando fui morar com Silvia em Curitiba, em alguns meses fiquei surpreso ao perceber que meu plano de saúde funcionava bem melhor lá do que em Recife e uma das minhas primeiras objeções a vir para Cabedelo foi que a qualidade dele aqui deveria ser inferior. E estava certo: na crise da cervical, o médico que me atendeu requisitou uma ressonância magnética, quando foi marca-la Silvia soube que, em João Pessoa, meu plano não tem convênio com nenhuma clínica que faça tal exame ou mesmo tomografia e, se quiser os fazer por ele, teria de ir a Natal ou Recife – felizmente, naquela vez acabei não precisando da ressonância.

Há um mês, ao engatinhar me feri na parte superior do pé direito, logo antes dos dedos. Seria uma ferida trivial mas, como esta é minha principal forma de locomoção, ficava a sujando, magoando ao subir e descer das cadeiras e da cama e, em consequência, acabou infeccionada. Tentei resolver usando meia e micropore, não adiantou e o pé começou a inchar. O médico do atendimento domiciliar receitou um antibiótico e uma pomada, teimei com Silvia para não tomar o primeiro, me limitei a usar a segunda, ela passou a andar mais comigo em casa -  o que geralmente evito tanto para poupa-la desse esforço quanto para ter alguma independência –, mudei o modo como faço aqueles movimentos e finalmente a ferida sarou, depois de um mês. Simultaneamente, duas semanas após a crise da cervical tive outra distensão muscular na coluna lombar e a coincidência de ambos os problemas começou a me exasperar, mas bastou algumas doses de um relaxante muscular para acabar a dor.

Não é por ter tido sucesso na vida que deixo de sofrer com os problemas típicos da paralisia cerebral.

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