Há anos, minha esposa tinha uma pessoa que cuida de suas filhas para ela poder sair à noite e decidimos que pagarei a esta para ficar algumas horas na nossa residência para dar meu banho e ajudar com as meninas, entre dezembro e janeiro, de modo a reduzir o esforço que ela faz nesta fase crítica da gravidez. Foi difícil convencê-la a aceitar tal solução, pois ganha doze vezes mais que eu e tende a querer resolver todos os problemas de todo mundo. Porém, ela já vem gastando mais que ganha e, nos últimos anos, fiz uma poupança para ser usada nos imprevistos e emergências da vida – finanças são um dos poucos assuntos em que sou conservador. Estava há três dias sem me banhar quando essa pessoa o fez pela primeira vez e disse a minha esposa “estou me sentindo um gambá”!

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