Fui citado numa discussão de um grupo do Facebook, iniciada por uma mãe aflita e perdida porque a filha de 20 anos com paralisia cerebral tem falado em namorar, casar, ter uma companhia, e que está se entristecendo com as dificuldades para tanto. Minha resposta (editada) a essa mãe foi a seguinte:
“Me parece que a primeira coisa que você tem de fazer é ver que sua filha não é mais uma menina, e sim uma mulher adulta, com sexualidade, desejos, etc. Se ela conseguirá ter relacionamentos vai depender de múltiplos fatores e só o tempo dirá. Mas como adulta, ela tem de aprender a lidar com as tristezas, frustrações, etc, desse processo e, se você tentar poupá-la disso, vai piorar situação dela. No caso improvável de ter sucesso (provisório), ela se tornará uma pessoa incapaz de viver e possivelmente sofrerá mais. Um psicólogo pode ajudar. Minha história é bem peculiar, dificilmente pode ser generalizada e, se quiser conhecê-la, vá meu blog – também recomendo o texto sobre sexualidade do meu site.”