Neste ano, nas refeições frequentemente Clara tem se dispersado, sentando e saindo da cadeira, acabando por perder o apetite. É comum Silvia reagir dando sua comida, o que me aborrece por aumentar sua dependência e fico a mandando – com gestos e sons inteligíveis só para quem é da família – comer com a própria mão, com sucesso razoável. Nos últimos dias, observei um aumento dessa autoridade: no sábado passado, Silvia passou a tarde a chamando para se banhar até que usei o Livox para dizer “Clara, vá tomar banho” e fui prontamente obedecido; na noite de segunda, Silvia sentiu muita dor de cabeça, foi se deitar, para organizar as coisas eu disse “Clara, quando esse vídeo acabar vamos dormir” e, após o vídeo terminar, realmente ela desligou a TV e foi para seu quarto. Talvez não devesse me surpreender por ter tal autoridade sobre Clara, pois já sabia que a Psicologia diz que o pai tende a tê-la mais do que a mãe – e Silvia sempre quis e cobrava isso de mim. Mas supunha que minhas fragilidade física e dependência em relação a esta me impedissem de adquiri-la.
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