Recentemente, disse a minha namorada que precisei fazer três tentativas fracassadas antes de conseguir dar o segundo salto de paraquedas, descrevi duas, ela perguntou como foi a outra e não consegui lembrar de imediato. Nenhum dos instrutores da empresa daqui de Recife quis fazer meu salto e ela teve de trazer gente de fora para tanto. Em fevereiro trouxe um instrutor de Salvador, na semana em que o salto foi marcado minha mãe recebeu um diagnóstico (errado) de tuberculose, meu irmão pegou uma virose besta e não quis ir comigo ao local do salto com medo de contaminar o pessoal da empresa com tuberculose, apesar deste aceitar o risco e insistir para que fossemos.


O processo todo de fazer três tentativas fracassadas foi extremamente desgastante para mim, fiquei totalmente avesso à ideia de novo antes do verão seguinte e quando surgiu outra chance de saltar, em pleno inverno, o maior obstáculo que tive de superar a resistência interna a me empenhar de novo nisso. Sorte que não tenho qualquer misticismo, superstição ou tendência de atribuir um significado extraordinário a eventos não relacionados – minha irmã mais velha chegou a dizer que eu estava recebendo um “recado” –, do contrário não teria saltado de novo!

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