Neste blog, tento mostrar que uma paralisia cerebral severa não é o fim do mundo, não impede necessariamente quem a tem de rir, ter humor, alegria de viver, namoros, filhos e até saltar de paraquedas. Alguém que consegue essas e outras coisas não vira um super-homem, vencedor, herói, melhor que os outros em algum sentido. Por esse motivo, também escrevo sobre as dores físicas, problemas, dificuldades e preconceitos que a PC me causa. Fisioterapia, equoterapia, fonoaudiologia e outros tratamentos melhoram substancialmente a condição de quem os faz, mas cedo ou tarde atingem um limite a partir do qual passam a ter a função de evitar regressão, não fazem a PC desaparecer – muito menos a “curam” e falar como se fosse uma doença é uma grande ofensa às pessoas nessa condição. Não se supera, não se vence a PC, que fará parte da pessoa durante toda a vida e o que se pode fazer é conviver com ela do melhor modo possível.
Superação ou Convivência?
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- Escrito por: Ronaldo Correia Junior