Na semana passada, fomos dar uma olhada no Natal do Paço da Liberdade sem pretender assistir todo o espetáculo. A organização do evento não se limitou a reservar um espaço privilegiado, na frente do Paço, para pessoas com deficiência, mas também colocou um funcionário para circular pela área circundante para procurar, informar e ajudar tais pessoas – foi a primeira vez que vimos esse tipo de providência. Decidimos ficar até o fim do espetáculo. O carro de Silvia ficou a uns 700m do Paço, no caminho de volta cruzamos com um grupo gritando em uníssono, ficamos preocupados – pensei que era uma torcida organizada e Silvia, uma gangue –, mas nos tranquilizamos ao ver que o grito era “Jesus! Jesus! Jesus!”, comecei a rir e ela ficou contente porque imaginou que eu estivesse apreciando aquela manifestação religiosa – de fato, gostei de seu caráter diferente. Dois dias depois, expliquei que ri porque tive vontade de gritar “Satanás! Satanás! Satanás!”. Ao contar isso a nossa empregada, Silvia disse que ter um marido que não pode falar tem suas vantagens!
Humor Negro
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- Escrito por: Ronaldo Correia Junior