Para quem tem paralisia cerebral com espasticidade e ataxia, é difícil dissociar os movimentos de uma parte do corpo dos de outra ou imobilizar uma se necessário. Por essa causa, quando saio a máscara fica saindo da posição correta, precisando pedir constantemente a quem está comigo para ajeitá-la e, nesses anos de pandemia, pensava que, se fosse a locais fechados e lotados (aviões, shows, teatros, etc), deveria usar um protetor de rosto (face sheet) por cima daquela. No dia 21, fomos ao show de Lulu Santos no Teatro Guaíra, embora ciente que os casos de COVID-19 estavam aumentando não providenciei tal protetor, me limitando a usar duas máscaras cirúrgicas, as quais, após a música começar, saíram do rosto duas vezes em poucos minutos, o que me fez achar que era inútil usá-las e as retirei – também poderia ter resolvido ver o show passivamente para mantê-las no lugar. Peguei COVID-19.

Na última segunda, tive uma leve inflamação na garganta e febre alta. No dia seguinte, acordei com um início de gastrite e horas depois Silvia disse que meu rosto estava amarelo, o que me fez tomar providências no interesse de Clara para o caso de eu morrer; à tarde, consultei um médico, que disse que os últimos sintomas eram efeitos colaterais do ibuprofeno que tinha tomado como antitérmico. E foi só, fiquei mal apenas por 36 horas, a doença foi leve em mim e Silvia tem alardeado que minha saúde é ótima – não sei se é este o caso. Porém, contagiei Clara e Silvia, fiz as meninas ficarem duas semanas sem colégio, esta acumulou o trabalho doméstico – pois a empregada não está vindo – com o profissional, perdermos uma viagem a São Paulo, etc. Foi a maior estupidez (para não usar um palavrão) que fiz nos últimos anoscry

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