Tenho miopia e astigmatismo e, meses atrás, senti necessidade de trocar as lentes do meu óculos. Em maio fui a uma oftalmologista que, além de receitar as lentes, suspeitou que estou com catarata e pediu um mapeamento de retina. Ontem, antes desse exame uma auxiliar de enfermagem botou três vezes um dilatador de pupila nos meus olhos, que ardiam, em todas esta falava “(coi)tadinho” com pena de mim, o que me fazia rir, ainda discretamente – perguntei a Silvia ‘você sabe por que estou rindo?” com cuidado para não chamar a atenção da outra pessoa presente na sala e expliquei o motivo.

Ao entrarmos no consultório do médico que faria o mapeamento, este deve ter imaginado que meu exame seria – não foi – trabalhoso devido à paralisia cerebral, quando acabou Silvia perguntou se deu certo, este disse referindo-se a mim “ele ajudou muito, é um fofo”, não aguentei, explodi na gargalhada, chegando a saltar na cadeira de rodas, para embaraço de Silvia e só meia hora depois é que pensei que fui indelicado com o pobre coitado. Em seguida, fomos a um shopping center – com relutância, pois é um tipo de ambiente desaconselhado na pandemia – encomendar as lentes, não gostei da vendedora ter pedido o contato de Silvia em vez do meu, já que, além de serem para mim, nosso dialogo indicou que seria eu quem pagaria, mas acabei rindo dessa figura também – com bem mais discrição – pelo ar de pieguismo e piedade. Desde então, Silvia só me chama de “fofo”laughing

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