Nesta manhã, nos dirigimos à garagem do nosso prédio, Silvia me deixou na cadeira de rodas enquanto colocava Clara no carro, esta pensou que eu ficaria sozinho ali, começou a chorar, aquela a acalmou falando que eu sairia com ambas e Clara disse “Naldo, senta aqui (no carro)”. Silvia foi no carro comentando que não sabia se essa preocupação de Clara comigo – que começou já no seu terceiro semestre de vida – é boa ou ruim e concluiu que não deverá ser um peso, pelo meu bom humor e riso fácil – esta já adquiriu a segunda característica. Desde a gravidez, eu não queria que tal preocupação existisse, ainda mais tão cedo, mas não sei como evitar, pois Clara percebe perfeitamente minha vulnerabilidade.

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