No início do ano, provavelmente devido à maresia meu computador começou a se desligar sozinho, gastei uma quantia considerável tentando consertá-lo até ter que substituí-lo por um laptop. Como mais certeza, a maresia descascou a camada externa das rodas anteriores da minha cadeira de rodas, fomos a uma loja que poderia trocá-las, mas esta já não existia mais e precisei comprar outra cadeira. Somadas, tais despesas são uns 60% da renda anual do patrocínio deste blog.
Logo que fui morar com Silvia em Curitiba, quis fazer um bebedouro adaptado para poder tomar água sozinho, o que foi conseguido com relativa facilidade através de uma terapeuta ocupacional que tinha parceria com um rapaz que tinha uma empresa de soluções para pessoas com deficiência – anos depois, tal bebedouro deu defeito e a mesma T. O. levou outra pessoa para consertar, também sem grande dificuldade. Basicamente tal bebedouro é uma pequena bomba d’água que é acionada por um sensor de presença. Há duas semanas, esse sensor deixou de funcionar provavelmente pela maresia e chamei o faz-tudo que trabalha no condomínio, que não soube consertar. Pedi para Silvia fazer o vídeo abaixo, o enviei a um vizinho que é engenheiro civil esperando – já que o mecanismo interno não é mostrado – que o levasse a vir aqui para abrir a caixa e examinar o interior, mas este também disse que não poderia resolver. Com a mesma expectativa, pedi para minha fisioterapeuta mandar o vídeo a uma T. O. daqui, mas esta se limitou a me recomendar procurar um engenheiro elétrico. Um mal de cidade pequena é o mercado reduzido não permitir que haja profissionais muito especializados. Assim, voltei a precisar de outras pessoas para tomar água, perdi independência de novo.
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