Enquanto eu esperava Silvia e Clara perto de um banheiro do maior shopping center de Recife, um homem de terno e gravata passou por mim, virou-se, me perguntou “tá sozinho?”, balancei a cabeça em sinal de “não” e ele seguiu seu rumo. Memorizei esse pequeno gesto entre a miríade do dia porque expressou solidariedade, ele soube fazer uma pergunta fácil de ser respondida por quem tem dificuldade de comunicação, minha paralisia cerebral não o fez supor que sou mentalmente incapaz e pelo contraste com a mulher sem deficiência que havia acabado de entrar no banheiro para PCD na minha presença.

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