Embora Silvia faça muito, muitíssimos mais que eu, há algumas tarefas e atividades que podem ser feitas por nós dois. Entre estas estão compras em farmácias, frutarias e supermercados, sobre as quais vivemos num permanente cabo-de-guerra e até brigamos para assumi-las. Por outro lado, às vezes penso que um dos elementos de sua atração por homens com deficiência é evitar qualquer chance de dominação, de sofrer com o machismo – é só uma especulação. No início do nosso casamento, quando ainda não sabia direito até onde iam minhas limitações e num momento em que estávamos meio brigados – o motivo era a causa mais frequente de dissentimento entre casais (adivinhe...) – Silvia se irritou porque peguei um guardanapo para limpar minha boca – ato trivial até para mim – em vez pedir a ela e, para provoca-la e aumentar sua irritação, respondi “você queria um homem dependente e submisso”wink No último domingo à noite, ao comentar o filme homônimo Silvia falou “eu brincava de Barbie saindo, indo trabalhar, fazendo todo tipo de coisa enquanto o Ken ficava em casa, fazendo o supermercado ...”, fala que interrompi com uma reação invocada, de indignação, embora também de riso – na hora não me ocorreu nenhuma palavra à mente, mas poderia ser expressa como “então era para isso que você me queria?! Para ser dono de casa? Que sacanagem!😀

Para evitar mal entendido, só estou tirando onda, não há dominação ou submissão alguma no nosso relacionamento e continuarei teimando para assumir as referidas tarefas.

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