Passamos meu aniversário em Recife, minha melhor amiga não pôde ir, o que me entristeceu, mas deu o melhor presente que eu poderia ganhar nas atuais circunstâncias – as cartas que escrevi antes desta ter e-mail e que serão um material precioso para meu livro. Tais cartas começaram em 1989, resistiram a quatro mudanças de endereço desta amiga e me foram devolvidas quando já estávamos no carro, indo ao aeroporto para voltar a Curitiba.
Há seis dias, à noite nossa maior diversão é ler juntos tais cartas, que depois são fotografadas por Silvia e salvas na “nuvem” por mim. Essa leitura tem me despertado uma profusão de sentimentos que muitas vezes não consigo expressar, fico sem saber o que pensar. Para mim, o que mais se destaca é o quanto soube mudar meu modo de ser e de pensar, minhas ideias e atitudes, de acordo com as oportunidades que surgiram – sobretudo a psicoterapia, a difusão da Internet e o sucesso do meu site, em particular com as mulheres, na década de 1990 – e alcançar meus objetivos. Por outro lado, combinando o que lê nas cartas com suas próprias lembranças de quando éramos amigos virtuais, em 2000, Silvia me falou “você costuma conseguir o que quer” – obviamente, com ajuda de familiares, amigos, conhecidos e até estranhos. Sempre rejeitei, critiquei que me atribuam o rótulo de “vencedor”, entre outros, mas agora é assim que me sinto e, para aumentar a ironia, meu primeiro nome – que detesto e não uso – tem justamente este significado. É desconcertante!
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